Mundial de Clubes

Fala aí nobres bebedores, me dei o direito de fazer uma incursão para apresentar para vocês, a galera do Humor e Malte.

Começando hoje, eles vão aparecer com uma certa freqüencia aqui pelo boteco, escrevendo sobre os mais variados assuntos. E o de hoje é futebol!

O mundial de Clubes

Mundial de Clubes

Se liga nos confrontos!

Para os amantes do esporte bretão, dezembro não é somente o mês das festas de Natal e Ano Novo. Dezembro é o mês em que se disputa – agora no Marrocos -, o Mundial de Clubes que vai do dia 11 ao dia 21 de dezembro. E pelo quarto ano consecutivo (morram de inveja, vizinhos) o Brasil envia um representante. Desta vez, o galo forte vingador das alterosas é o representante sul americano da competição por ter faturado a tão cobiçada Taça Libertadores da América.

O Mundial de Clubes reúne os campeões de cada continente mais o campeão do país-sede (o clube anfitrião). Favoritos? O rolo compressor da terra da cerveja de excelente qualidade Bayern de Munique e o alvinegro da terra dos alambiques mágicos Atlético Mineiro, que para chegarem a final, farão um jogo apenas.

A peleja para saber qual é o melhor time do mundo teve diversas formas de disputa e muita polêmica envolvida. De 1960 a 1979, eram dois jogos: um na Europa e outro na América do Sul e ficou conhecida como Copa Intercontinental. Em caso de empate, uma terceira partida era disputada, o que ocorreu em 61 (Peñarol campeão), 63 (a vez do Santos, no Maracanã), 64 (Internazionale) e em 67 (Racing campeão). Por uma questão de logística os jogos de desempate aconteciam no mesmo continente, sendo que nas duas primeiras ocasiões (em 61 e 63) a peleja rolou no mesmo campo da segunda partida. Essa prática acabou nos anos 70. Devido aos inúmeros protestos dos clubes europeus – que alegavam falta de segurança e até deslealdade, já que a porrada comia solta literalmente e havia muita roubalheira -, a disputa passou a ser decidida em Tóquio em apenas um jogo a partir de 1980 e recebeu o nome de Copa Européia/Sul Americana Toyota – ou simplesmente Copa Toyota -, conhecida aqui no Brasil como “Mundial de Clubes”.

Dona FIFA

Mundial de Clubes

É velha mas ta aí né!?

A FIFA, depois de anos brigando junto com a CAF (África), CONCACAF (Américas do Norte, Central e Caribe) e a AFC (Ásia) contra a UEFA e a CONMEBOL que por muitas décadas vetavam a participação dos representantes desses continentes, então decidiu entrar de sola na jogada e passou a organizar a competição inserindo times dos outros continentes, realizando um desejo antigo de dar uma dimensão maior e solidificar ainda mais o nome “mundial” dado á competição. Na primeira edição em 2000, o Corinthians derrotou o Vasco em pleno Maracanã no mês de janeiro. Em dezembro do mesmo ano, o Boca Juniors derrotou o Real Madrid em Tóquio, mas pela “Copa Toyota”. A partir de 2004, a competição passou a ser disputada todo final de ano, sob a chancela da FIFA.
Para a entidade máxima do futebol, “os campeões da Copa Europeia Sul-Americana eram chamados de campeões mundiais, mas era um título simbólico, um título de campeão mundial entre aspas”. Em 17 de dezembro de 2006, a FIFA reforçou mais uma vez que o primeiro campeão mundial reconhecido pela mesma é o Corinthians, considerando assim a Copa Europeia Sul-Americana apenas como intercontinental. Polêmicas a parte, para nós brasileiros quem ganha esse confronto é e sempre foi campeão mundial independente do que a FIFA diga. E eu gostaria de ver alguma autoridade da dita cuja disparar isso num bar, ainda mais aqui no Brasil, entre os torcedores de Santos, Grêmio, São Paulo e Flamengo. Ainda há controvérsias no site oficial, mas não é de se surpreender de onde vem.

Nostalgia

Mundial de Clubes

No meu tempo era melhor

Sou de uma geração que tinha como sonho ver seu time chegar ao Japão em dezembro, virar a noite na expectativa de ver seu clube levantando aquela torre dourada e não idolatrávamos times europeus como se fossem os nossos, coisa típica dos dias de hoje. Camisa de time europeu era artigo de luxo sem contar que eram poucos os jogos que passavam por aqui. Lembro que naqueles tempos pré-globalização e internet nós, pobres latino-americanos sem dinheiro no bolso, tínhamos que ficar acordados até a madrugada (de sábado pra domingo), ansiosos para ver a grande final. A transmissão era ruim, o áudio era de telefone, mas a emoção era garantida. Nós brasileiros só assistíamos ao jogo quando algum time tupiniquim chegava lá: Flamengo em 81, Grêmio em 83, São Paulo em 92 e 93. De 95 pra cá – quando o Grêmio perdeu para o Ajax nos penais -, os jogos passaram a ser disputados á noite no Japão, manhã no Brasil.

Finalizando

Mundial de Clubes

Essa é a galera do humor e malte

Os tempos são outros. Já teve competição nos Emirados Árabes e agora é no Marrocos. Os canais a cabo transmitem todos os jogos independente do time – o que é louvável – nossos melhores jogadores estão na Europa, fazendo com que muitos jovens passem a torcer cada vez mais por times europeus, os mesmos que menosprezam um pouco a competição. Mesmo assim a emoção é garantida. Mas não espere belas jogadas, futebol arte, dribles magníficos. Todo jogo é decisivo, de marcação cerrada, volantes com a faca nos dentes e muita disposição. Se as condições normais de temperatura e pressão permanecerem, brasileiros e alemães estarão na final no dia 21. Sinceramente, espero ver Belo Horizonte de ressaca na segunda feira, 22 de dezembro.

E vocês, estarão torcendo pra quem?

Quer saber mais sobre o Humor e Malte? Clica!