Tequila, a arte da degustação mexicana

A origem do nome dessa bebida muito famosa, principalmente no México, é o nome da cidade que fica dentro do estado de Jalisco e lá se encontra uma cidade chamada “Tequila” e de lá sai quase que totalmente a produção da mesma.

Tequila, um sabor inigualável

Agave azul da tequila

Azul da cor do… AGAVE!

Créditos: Raul Macias

O sabor inigualável dela se dá através da destilação do sumo de uma planta da América Central, o Agave tequilana (também chamado agave azul ou agave azul de Weber), são necessários aproximadamente 7 kg de agave para produção de 1L de tequila. O teor alcoólico fica em torno de 10% a 12% controlado pela transformação do açúcar em álcool pela fermentação (basicamente o mesmo processo da cerveja).

Classificações da Tequila

Agave da Tequila

Coisa linda

Créditos: Justin Fogarty

Existem diversos tipos e classificações. Para ser um verdadeiro conhecedor, primeiramente você precisa saber se a Tequila que vai beber é “blended” ou 100% Agave. As duas são boas, porém, as Tequilas 100% Agave possuem o tradicional sabor mais acentuado. Além disso, elas são classificadas pelo tempo de envelhecimento: Jovem, Reposado ou Añejo.

Tequila Jovens tem até 2 meses de envelhecimento em barris de carvalho (normalmente as brancas – silver), as Tequila “Reposado” tem de 2 meses à 1 ano e as “Anejo”, mais de 1 ano. Todas estas normas são exigidas pelo governo mexicano para comercialização do produto.

Consumo de Tequila

Tequila sendo preparada com uma caveira

WTF?

Créditos: Ernesto Andrade

O consumo da tequila pode ser, com gelo, pura ou com o popular “shot”, onde o degustador coloca sal em torno do copo ou na mão, entre o polegar e o dedo indicador, chupar o sal, beber rapidamente e logo após, morder ou espremer uma rodela de limão. Como outras bebidas de luxo, a tequila tem um copo especial para ser degustada, o “caballito”, com 60 ml de volume.

Existe uma maneira correta?

A maneira “correta” e praticada por degustadores da bebida dispensa o sal e limão. A bebida é servida em dose adequada e passa por análise sensorial, ou teste olfativo, onde pode ser caracterizado aromas presentes devidos a características do envelhecimento. A degustação é lenta, com pequenos goles que passam por toda a boca antes de serem engolidos, onde é possível analisar atributos como acidez e gosto residual.

Origem do “shot” e melhor jeito de fazê-lo

Shots de tequila

Arriba \o/

Créditos: prayitno

Apesar de ser um versátil destilado, a tequila é conhecida por seu mais famoso ritual: O “shot” com sal e limão. Ninguém sabe ao certo como isto tudo começou. Mas a lenda conta que foi durante uma epidemia mundial de gripe em 1918, que alguns médicos começaram a receitar “shots de Tequila” como tratamento. O que não foi nenhuma surpresa é que mesmo depois da epidemia, muitos alegavam estar com gripe para continuar com o tratamento, ou seja; bebendo Tequila.

Melhor tequila no shot

A melhor Tequila para se tomar em shot é uma tequila 100% Agave envelhecida, ou seja; “reposado” ou “añejo”. No Brasil, estão disponíveis a tequila Jose Cuervo Clasico, Especial, Black (estes blend’s); Tradicional, 1800 Blanco, 1800 Reposado, 1800 Añejo e Reserva De La Familia (todas de 100% agave). E a Sauza Tequila Blanco, Sauza Tequila Gold e Sauza Tequila Hacienda(Reposada).

Além do shot com sal e limão, ou para alguns exóticos com laranja e canela, no México eles costumam beber a bandeira mexicana: Um shot de tequila (dourada), um shot de suco de limão (verde) e um shot de sangrita, suco de tomate com tempero típico.

Finalizando

Fonte de água com uma planta de agaveCréditos: Adan Morales Solis

Enfim, bêbados do Papo de Bar, tomar tequila é sempre bom com ou sem o “shot”. O shot torna mais tradicional, mas na verdade começamos com o shot e acabamos tomando ela pura mesmo. Já falamos sobre o “tequila suicide“, o modo mais errado de se consumir tequila. Entre no artigo sobre Tequila Suicide e nunca façam isso, por favor.

Um abraço de João Colorado, um degustador de tudo e mais um poco, e bêbado nos finais de semana!

Créditos e colaboração: João Colorado