A Saga de Ermelinda

Sou conhecido como Forest Gummy, o contador de histórias.

Espero que vocês gostem da minha série de histórias, verídicas ou não, mas ae depende do seu nível etílico dentro de suas entranhas e veias. Prefiro que esteja bem alto.

Começo hoje com uma história de um casal, Maurício Carlos e Ermelinda, que pode acontecer nas piores melhores famílias deste mundo. Onde Maurício, bêbado pra variar, começa a ficar alterado e Ermelinda quer ir embora do boteco. Confira mais abaixo esta história.

Senta que lá vem a história

  • – Maurício Carlos, vamos embora!
  • – Mas logo agora, Ermelinda? A festa está tão boa…
  • – Eu sei, meu amor. É que, para variar, você bebeu além da conta.
  • – Lá vem você com essa história de novo, protestou Maurício Carlos. Como é que você sabe, hein? Você por acaso ficou me acompanhando igual a garçom a festa inteira só para contar quantos drinques eu tomei? Que coisa feia!
  • – Não foi preciso. Uma mosca que estava voando na sua frente acaba de cair fulminada com seu bafo de onça no cio!
  • – Que mulher exagerada, meu Deus! Eu só tomei três drinques!
  • – Isso nos primeiros quinze minutos de festa! O senhor sabe que horas são?
  • – Sei! Quer dizer, não sei. Acho que roubaram meu relógio.
  • – Tá vendo Maurício Carlos! Ai que vergonha! Nem fazer o tal do “quatro” você consegue fazer, desafiou.
  • – Como não consigo fazer?! Isso é um desafio?! Pois veja aqui Ermelinda, está satisfeita agora?
  • – Com a mão até eu, Maurício Carlos!
  • – Eu não estou bêbado, teimou Maurício. E ficaria indelicado com os noivos sairmos logo da festa.
  • – Mas, benzinho, os noivos já estão olhando com cara feia para a gente, você ainda não percebeu?
  • – Para falar a verdade, Ermelinda, só percebi que os noivos não saem de cima do bolo.
  • – Vamos embora, Maurício Carlos! Você quer ser o último a sair, é isso?
  • – Calma, ainda dá tempo de tomar mais um drinque.
  • – Nem mais, nem menos. Chega! Se o senhor não for embora por bem, vai por mal mesmo!
  • – Hum, tô com medo dela! Brincou Maurício para descontrair a tensão.
  • – Ah, é assim? Pois saiba que está tudo acabado entre nós!
  • – Mas… mas… mas…
  • – Nem mais, nem menos, de novo. O senhor está pensando que eu vou ficar fazendo vexame em toda festa só por causa dos seus caprichos etílicos?
  • – Mas… mas… mas…
  • – Adeus, Maurício Carlos!
  • – Mas… mas eu te amo!
  • – Você já disse isso na festa do Barbosinha na semana passada! Não acredito mais em você!
    Nesse instante, em uma atitude inesperada, mas eficaz, Maurício Carlos se joga no chão e começa a babar, enrolando a língua. Ermelinda fica desesperada. Não tem reação alguma. “Por que eu fui fazer isso com o pobre Maurício Carlos?”, pensa com complexo de culpa.
  • – Meu Deus! Ele está morrendo! Atesta Ermelinda. E agora, o que eu faço?
  • – Ah, meu amor, traz mais um drinque pra mim?

Finalizando…

Já aconteceu algo semelhante com você? Compartilhe, fale, sem medo. Estou aqui para dividir com você suas dores (ou risadas).