Calcinha bege: Pouca roupa, tanto pano… pra manga

Carrego poucas certezas na vida. Uma delas é a de que nós, homens, concordamos em muitas coisas, mas nossa discordância é sempre muito interessante e barulhenta também. Vim aqui dessa vez só pra mexer em um vespeiro. Na verdade, tô aqui escrevendo de teimoso, com a certeza de que apanharei mais do que o Rocky no início de suas lutas. Vim falar de lingerie. Mais precisamente… Vim falar sobre calcinha bege!

O que um homem deveria ter a ver com isso, perguntam homens e mulheres.

Bom, já sou crescidinho o suficiente para saber, por exemplo, que se vou pra cama com uma mulher e ela tá usando uma lingerie impecável, eu não consegui nada, apenas fui escolhido por ela. O lance é que nessa brincadeira entre ser importante pra tirar ou todo o processo de fetiche e admiração que essas quase sempre diminutas peças do vestuário geram uma infinidade de preferências e controvérsias.

Conheço amigos mais práticos, que praticamente ignoram toda produção que venha de uma roupa de baixo, tratando essas peças como estatísticas de um jogo. “Mostram tudo, menos o que interessa” – bradam alguns! Eu respeito, embora aprecie uma produção de vez em quando. É claro que aquele escangalha gato cotidiano não merece smoking, mas é legal se deparar com uma produção em algumas ocasiões mais especiais, não é?

Cada calcinha tem sua vez

nubia oliver com calcinha bege

Eu não sirvo como parâmetro, acho que a indumentária tem que combinar com o momento, com o propósito, com o corpo e com o estilo de quem usa. Detesto a sensação de ficar imaginando que a menina devia tá toda desconfortável durante todo aquele tempo que estivemos bebendo no bar, fingindo que tudo aquilo era despretensioso. Beleza, tudo para agradar o outro, mas me sinto quase um propagador do mal através do desconforto. Acho que tem o dia da calcinha grande, não precisa nem ser Bridget Jones, mas quem nunca?!

Ah! Então quer dizer que você se importa e não se importa?

Não, cacete! Óbvio que tem calcinhas que geralmente não ajudam muito na empolgação. E nem tô falando daquela calcinha cotidiana, já meio baleada, mas vendendo conforto que aparece por baixo daquele jeans suado. Nessa hora, você pode comemorar, você foi escolhido, mas muito pelo mérito de sua luta! Rs. O que eu realmente não consigo admirar é calcinha bege.

Qual o problema da calcinha bege?

Sim, o problema é a cor, parece ser. Até os modelos mais trabalhados e sofisticados não animam, Pra quem curte extremos, o bege é um equilíbrio desgraçado. Nem a dispensável pureza do branco, nem a tórrida paixão do vermelho, NADA. A calcinha bege me lembra água de salsicha… Uma mulher com calcinha bege não me diz nada sobre ela através do que tá vestindo, nem guarda mistérios, é só uma maldita calcinha bege. Corta o clima? Corta. Pra mim, corta. E sei que, graças a Deus, não estou sozinho. Mulheres e homens entenderão o que estou falando. Impede qualquer coisa? Claro que não!

Finalizando

O problema é que de tudo que a calcinha pode trazer de bom ou até de ruim em um imaginário, a calcinha bege nada diz. Pra quem sempre prefere sentir alguma coisa a cada acontecimento, na escala de sensações, a calcinha bege representa quase que a indiferença! Não me odeiem, vai! É uma percepção de um recorte generoso da população. Hahahaha.

Até!