Devaneios etílicos: mulheres, estrias e celulites.

Antes que comecemos esse monólogo muquirana, entendam que acredito que as pessoas devam buscar a satisfação e a felicidade com seus corpos e personalidades. Só que o que este pobre escriba produz também ultrapassa esse desejo utópico e entra no campo da opinião ébria e barata de um homem sobre o ser mais encantador e dominante do globo terrestre: as mulheres.

Não. Eu não vou pagar de especialista, ninguém atingiu tal feito até hoje. Não seria o gordinho aqui o grande descobridor. Mas queria deixar claro que existem coisas que, pra mim, são fundamentais em uma mulher. Também não vai rolar apologia ao bucho! Até porque, beleza é fundamental…

Mas onde está a beleza?

Gordelícias

Já falei que não aceito que gourmetizem as mulheres, mas não é só isso. A beleza feminina é complexa, proporcional a todo o restante da composição de cada uma delas.

Buscar o equilíbrio é bacana, ninguém aqui tá pedindo pra que as academias sejam implodidas e vandalizadas. Mas nada impede que você busque sua satisfação com o corpo na academia e viva a vida sem ter flango com batata doce como combustível. Na verdade, só quero incentivar a resistência! Isso mesmo! Permanecer natural e se aceitar assim, dentro da ditadura da estética é, sobretudo, um ato de resistência.

Isso não passa de um discurso barato”, “fala isso até passar uma gostosona sarada”, “quando ficar velho vai pagar pau pra próxima Solange Frazão” e frases desse tipo começam a aparecer, eu sei. Tá gente, pode até ser. Mas são desejos instantâneos por imagens, não por realidades e suas essências. Não há como tratar como objeto o que não é. Particularmente, acho a barriga trincada um negócio meio tenebroso, de verdade. Assim como não consigo alcançar a beleza da metáfora bumbum na nuca.

Tem gosto pra tudo, aqui eu só posso escrever os meus… Dentro dessa realidade, duas coisas me chamam atenção: estrias e celulites. Não confio em mulher que não tenha pelo menos uma dessas tão detestadas “marcas”. Na verdade, tatuagens também fazem parte do pacote, mas isso será tema para um texto exclusivo…

As tão ~tenebrosas~ celulites e estrias…

Gordo escroto vestido de mulher

Posso apostar com qualquer instituto de pesquisa que pelo menos 50% das mulheres fizeram caretinha ao ler estrias e celulites. Provável que alguma frase desabonando a afirmativa também tenha sido proferida. Não há mal algum em evitá-las, mas vocês dizem que são quase inevitáveis, eu só assumi como verdade. Seria muito interessante que as mulheres entendessem que aceitar essas marcas como parte de seu corpo e de sua história é bem mais sexy do que contorcionismos sem sentido ou luz apagada na hora H para escondê-las. A primeira artimanha ainda consegue deixar tudo mais evidente, como se fosse um grande problema.

Uma mulher sem história provavelmente não viveu. Se não viveu, provavelmente ainda não parece apta pra carregar essa responsabilidade que é ser mulher, dessas que nos tiram a paz, nos viram a cabeça e deixam tudo fora do lugar. Certamente, no par ou ímpar, não tenho o menor pudor de escolher aquela celulite marota ao invés de uma barriga toda trincada. Para as pessimistas que desdenharam da celulite, saibam que faria a mesma escolha caso as estrias desafiassem um tanquinho. Entre a Gracyanne e a Preta Gil, podem ter certeza de que ficaria muito feliz com a Preta, mesmo que ela viesse de calcinha bege.

Finalizando

Recomendo aos amigos que só gostam das “perfeitas” que comprem de plástico, ou que aceitem que a perfeição não bebe pelo menos 3 vezes na semana, não acompanha com força naquele circuito de podrões e não frequenta os mais variados rodízios da cidade. Se você quer colocar a mulher na prateleira, trata-la como a tal da Ferrari, tudo bem. Eu prefiro aquelas que me acompanham com ou sem glúten.

Clichê e cafajeste? Talvez, mas vale pecar pelo excesso convencendo a gata de que celulite é só um “gostosa” escrito em braile.

Entendam: a Barbie tá toda errada, mulherada! Sejam vocês, sejam verdade… é um puta afrodisíaco!