O outro lado da moeda

Na maratona etílica de final de semana, a primeira pausa que eu faço é no sétimo copo de bebida. Não, eu não sei por quê. Não tem uma explicação lógica, mas posso te dizer que depois deste número começo a ver coisas onde não existem.

Vi dente em boca que não tinha e peitos aonde não existiam, já confundi homem de costas — por causa do cabelo comprido — com mulher, e arrumei briga porque queria agarrar uma senhora de idade. Não lembro agora, claro, o porquê de ter feito essas coisas, mas o problema em foco é que sempre as repito periodicamente.

Misterioso número 7

Créditos: Harvey Schiller

Talvez o sete represente alguma coisa na minha vida. Não é meu número de sorte — creio que nem tenho um —, não tem relação nenhuma com a data do meu aniversário, ou com o de alguma pessoa aqui de casa, mas certamente deve ter algo subliminar nele quanto ao álcool. Não que eu fique tão bêbado assim com sete copos de bebida (ou que eu consiga chegar a esse número), mas foi uma meta que eu tive que respeitar para manter uma vida alcoólica ativa. Aliás, foi uma meta, também, para me manter longe de casos como os citados acima.

Grande parte das barangas que já me enrosquei por aí foi, devidamente, impulsionado à quebra desta meta. Há aqueles que digam que é a verdadeira face das pessoas que enxergo quando estou bêbado, mas a esses eu só posso mandar à merda.

Verdadeira face” é o cacete.

Uma coisa é você dar valor ao conteúdo potencialmente essencial que deve ter dentro de uma pessoa, outra, é você beijá-la e ser zoado eternamente por isso. E além do mais, numa noitada ninguém “fica” com alguém pelo o que realmente ela é, e eu não sou diferente quanto a isso… Eu quero saber é de mulher gostosa.

Agora sim o outro lado da moeda…

Duas mulheres num bar

Agora sim hein...

Mas existe o outro lado da moeda, também. Passar um pouquinho da meta já me rendeu boas colheitas. Ou melhor, PASSAREM um pouquinho da meta é o que fez me dar bem.

Não sou um cara sensacionalmente atraente e de boa pinta. Acho que consigo modestamente conquistar uma mulher com a minha inteligência ao invés de chamar atenção dela com a minha aparência. Não me desmerecendo é claro, convenhamos que cada laranja tem sua metade e não é pela falta de beleza que alguém irá morrer sozinho.

O importante é quebrar as metas…

Grande parte das gostosas que já me enrosquei por aí foi, devidamente, impulsionado por quebra de metas não formuladas e pensadas. É raro você ver uma mulher que bebe cotidianamente ou aquelas que sejam fortes o bastante para misturarem cerveja, um golinho de vodca e um pouquinho de menta e não saia tirando a roupa por aí.

Recentemente saí para beber com algumas amigas, e acabei as vendo nuas quando decidiram que não teria nenhum problema em abaixar as calças e fazer xixi ao meu lado, já que eu também estava fazendo.

Uma delas não é mais minha amiga.

Mas existe o outro lado da moeda, também. Essa minha ex-amiga agora é minha nova namorada.