Seios. A saga do Sr. Pinho

Mulher com uma taça de vinho em cima da barriga

Havia entre os nossos um grande amigo com o qual nos acostumamos a vê-lo devagar e devanear em seus pensamentos. Seu nome era Paulo Pinho. Embora muitos o chamassem de Paulim Pim. Aqui o chamaremos apenas de Sr. Pinho.

Era uma vez…

Sr. Pinho era um renomado sommelier, suas conclusões chegavam mesmo definir preço de determinados vinhos entre os seus. Portador de um nariz protuberante, fazia questão de degustar e analisar todo vinho até seu último aroma. Afim e que este se apresentasse de garrafa e alma, completamente nu sua frente.

Sr. Pinho havia sido convidado a uma degustação naquela tarde ensolarada. Dia bonito, que fazia o Sr. Pinho resolver dar um passeio pela praia antes de chegar ao seu destino. A caminhar pela areia, deparou-se com uma bela mulher que mostrava seus seios, redondos e voluptuosos, perfeitos, ao sol e a quem passasse.

Sr. Pinho sentiu-se envergonhado e, logo após ter visto os seios da bela mulher, baixou os olhos como que por reflexo, e continuou a andar.

Adeus mundo cruel…

Sr. Pinho pôs-se a pensar então que, da forma como havia virado o rosto, a bela mulher poderia ter pensado que não havia gostado da cena que presenciou, afetando assim sua auto-estima como mulher, podendo acarretar graves problemas. Quem diria que na manhã seguinte não poderia aparecer uma manchete a relatar um suicídio de uma bela mulher por pensar que seus seios eram feios demais para habitar este mundo? Resolveu voltar.

E voltou, desta vez olhou diretamente para os seios da mulher, sem pompa nem vergonha, e deixou seu queixo entreaberto a fim de mostrar o quão extasiado estava com semelhante beleza de seios a sua frente. Passou direto e desta vez com sensação de dever cumprido.

Tá pensando que sou seu brinquedinho é?

Mas então se deu conta que poderia ter ofendido a bela mulher, a olhar assim tão hedonisticamente para seus seios, quem sabe ela não pensaria então que o Sr. Pinho estaria a vê-la apenas como objeto sexual, sem personalidade nem aptidão nenhuma para além de ser um belo pedaço de carne? Resolveu voltar. E desta vez faria do jeito certo.

Ao passar pela mulher olhou sim para seus seios, mas discretamente, como quem olha para um segredo que esta a mostra, com o olhar ou pouco mais baixo do que antes, mas ainda sim a admirar a beleza dos seios da bela mulher. Pronto agora estava.

Mas então pensou que a mulher podeira imaginar o Sr. Pinho como alguém com coisas a esconder de tal maneira sorrateira com que olhara para seus seios. O Sr. Pinho importava-se com a opinião dos outros, sabia que isso fazia parte do mundo. Resolveu voltar.

Então toma seu atrevido

Deparou-se com a bela mulher já de pé a sua frente, e, ante seus pensamentos nada pode fazer para evitar olhar seus seios, dando tempo suficiente a mulher para que lhe pregasse um forte tapa na cara.

Dá próxima vez…

Vinho caindo sobre um seio

Sr. Pinho partiu e chegou a degustação mesmo a tempo. Provou os vinhos que lhe recomendavam e se manteve calado durante toda a tarde. Quando lhe perguntaram o porque de tão soturno naquela tarde, sua resposta foi curta.

Às vezes mas vale não pensar em nada, só bebê-los.