Tem milho na minha cerveja

Meus amigos, novamente aqui estou, pra falar de cerveja, obviamente. Mas desta vez não trago uma notícia muito agradável. O Brasil produz cerveja pra caramba, e nós bebemos pra caramba também, algo próximo a 86 bilhões de litros vendidos ao ano.

E apesar do brasileiro atualmente buscar maior satisfação do paladar com as cervejas artesanais e especiais, o grande volume de consumo permanece concentrado nas grandes indústrias. Em eventos como o carnaval, por exemplo, a bebedeira é quase impossível de medir.

Hoje muitas cervejas são feitas com milho

A questão é que, desde que a cerveja existe, muita coisa mudou em sua produção. Em especial o uso dos principais ingredientes, destaque para o malte de cevada e o lúpulo.

Garrafa e copos de cerveja de milho

Mas é cerveja ou milho?

Já se ouve por aí que as grandes indústrias diminuem cada vez mais o uso de lúpulo em nossas cervejas, alegando “adequação ao paladar do consumidor”. Bom, se isso é verdade, e o mercado demanda isso, fica até complicado a gente reclamar. Mas eu não acredito que o Brasileiro tenha um paladar de tão baixa qualidade assim.

Mas além disso, o malte de cevada está perdendo o lugar para outros cereais não maltados, como o milho.

E qual o problema nisso, de ter milho na cerveja?

De acordo com a legislação brasileira, é permitido o uso de até 45% de cereais não maltados substituindo a cevada. Isso dá às industrias uma fonte de carboidratos mais barata, como o milho e até mesmo o arroz.

Agora pare, e pense na quantidade de cerveja que você já tomou até hoje…


Pois é, você já tomou muito suco de milho! Muito mesmo!

Claro que uma fácil alternativa a isso é buscar as cervejas puro malte e a vasta gama de cervejas artesanais que possuimos no nosso país. Mas nem sempre isso é possível, e muito menos acessível. Imagina você no meio do carnaval em um bloco qualquer procuando uma cerveja puro malte… vai passar o bloco inteiro procurando, no máximo acha uma Heineken.

Além de tudo, o milho é transgênico

Mas o pior não é isso. A grande preocupação que levanto agora é justamente o fato de todo este milho ser transgênico. Exatamente, genéticamente modificado. Desde 2007 a CNTBio liberou a comercialização do milho transgênico no Brasil. E desde então estamos tomando todo esse milho.

Copo de cerveja com milho e pipoca

Não quero ser um “ecochato” e tal. Mas pensem que muito desse milho é produzido por cias. como Monsanto, Dupont e por aí vai. E nós sabemos que não é muito confiável. E o ponto chave disso tudo, é que ainda não existem estudos que assegurem que o consumo desse tipo de milho seja apropriado pra nós.

Inclusive já fizeram testes em ratos de laboratório, e a conclusão foi que em um período maior que 3 meses de consumo do milho transgênico, tumores cancerígenos horrendos surgiram nas pobres cobaias.

Problema nos rótulos das “cervejas de milho”

Outro problema, em nenhum rótulo de cerveja nos é informado que estamos consumindo algo transgênico, apenas nos dizem: “cereais não maltados”. Será que não deveria ser regra informar ao consumido sobre esses produtos?

Então, da proxima vez que você enfrentar uma ressaca daquelas, de não sair do banheiro, dores de cabeça terríveis, lembre-se: Foi o milho!

Finalizando

Agora nos diga: você acredita que o milho transgênico da sua cerveja pode ser prejudicial à nossa saúde? Vai continuar bebendo mesmo assim? Ou acha que isso é apenas mais uma daquelas teorias da conspiração?

Vi no cartacapital