A Balada do Agave Azul, ou Meu Nome Não é Cuervo

TequilaTrilha sonora.

O Papo de Bar continua avançando em direção a dominação e inevitável alcoolização mundial do universo, só que eu não tenho nada a ver com isso, infelizmente. É tudo mérito do nosso anfitrião Dono do Bar e do nosso padrinho Guilherme, pois eu tenho sido um blogueiro relapso, muito mais dedicado aos copos do que aos teclados nos últimos tempos. Não que eu me arrependa disto, afinal eu não me arrependo de nada, hombre!

Meu nome é Tequila. Jack Daniels Tequila…

Tequila, Jack Tequila. Já até perdi a conta de quantas vezes me apresentei assim. Este é o meu nome de verdade, registrado em cartório, não importa o que digam os meus detratores. Me chamo Jack Daniels Tequila, e sou um devoto apaixonado da bebida extraída do agave azul. Mas a bem da verdade, o meu pai adotou o sobrenome Tequila em homenagem a nossa cidade natal no estado de Jalisco, México. Não preciso nem explicar porque Jack Daniels, não é? Mas como eu adoro contar esta história, é um tributo ao velho Bourbon de milho feito naquela cidade de malucos onde ninguém experimenta álcool.

Outro dia perdi a oportunidade da minha vida quando o síndico deste blog resolveu se aproveitar das conseqüências de uma noite inteiramente dedicada as 3 artes (beber, pensar, viver) para publicar o post que eu nasci para escrever, sobre a edição limitada da Jose Cuervo. Não exagero em minhas palavras, apesar de admitir que o meu nome do meio não é Cuervo, infelizmente.

Uma das glórias da minha vida foi ser contratado para ser degustador oficial da Cuervo, em alguns dias em que a velha musa gorda da sorte dançou ao meu lado ao som de uma música triunfante, mas como nada dura para sempre, um dia recebi uma carta dizendo que meus serviços não eram mais necessários, uma vez que eu adorava tudo que me ofereciam e sempre pedia mais!

O apreço pela Cuervo que não me impede de apreciar também outras tequilas de outras marcas, de outros tons, outros sabores, outras lembranças que estão enxaguadas por um mar de bebidas e que serão assuntos de outros posts.

A nobre Casa Noble

Tequila Casa Noble

Só que ainda não posso encerrar este post sem falar na Casa Noble, uma destilaria muito especial que planta seus próprios agaves. Eles produzem em especial a Casa Noble Reposado, adormecida por um ano em barris de carvalho, que vem na tradicional garrafa de porcelana da cor azul cobalto, feita a mão por artistas nascidos na minha querida Tequila natal.

A Casa Noble, que tem o mesmo nome de um dos meus livros favoritos, tem para mim um sabor especial, porque cresci brincando com centenas destas garrafas na casa de meu avô.

A única Tequila que eu não tolero é a Tequila falsa, mas com os esforços de abnegados como eu, ainda iremos dar um jeito nesta questão. O Jack está de olho, seus falsificadores fanfarrões!

Para terminar um clássico do Cypress Hill, Tequila Sunrise:

Tequila Sunrise,
con los ojos rojos, un dia vamos a morir,
Escandalosos!!

Bibliografia

Até a próxima tequileiros.