Cerveja de boteco, não é artesanal

O título desse artigo resume exatamente o que virá nas próximas linhas. Estamos num momento especial do mercado cervejeiro, onde surgem novas cervejas e fabricantes a cada dia e todos podem experimentar diversos e variados tipos da bebida. Mas isso não dá direito a fazer cara feia para aquela pessoa que prefere se manter fiel a uma marca que consumiu a vida inteira. Por isso, entendam: Cerveja de boteco não é artesanal!

Brahma

cerveja de boteco Brahma

É a clássica cerveja de boteco! Quem bebe Brahma, é chamado de Brahmeiro e tem orgulho disso. A pessoa escolheu aquela cerveja e é feliz bebendo ela. São anos e mais anos de Brahma sendo servida naquele boteco favorito que tem inúmeras histórias para contar. A Brahma faz parte desses momentos e se faz importante na vida daquela pessoa. E não são poucas.

Skol

cerveja de boteco Skol

A Skol teve seu boom no Brasil quando investiu em propaganda há alguns anos atrás. Todos diziam: Vamos tomar aquela Skol gelada? Era sinônimo de cerveja e não há nada de errado nisso. Na época as propagandas nem eram politicamente corretas e usavam mulheres de biquíni como chamariz, mas funcionava e conquistou muitos fãs, sendo a cerveja mais vendida do país. É para poucos.

Antárctica

Garrafas da cerveja Antarctica

A Antarctica sempre esteve entre a Brahma e a Skol. Uns acham melhor e outros pior, mas a marca dos pinguins é sempre encontrada com facilidade nas prateleiras do mercado e com um preço que cabe no bolso. Além disso, ficou ainda mais famosa por patrocinar e fazer renascer o Carnaval mais famoso do país, no Rio de Janeiro, em parceria que já dura muitos anos e é um sucesso!

Essas são as principais marcas. Tenho 35 anos e desde que sou criança, vejo nos bares e restaurantes essas três gigantes sendo ofertadas e consumidas com prazer por todos.

Outras

garrafas da cerveja itaipava

Fora tantas outras, essas três marcas são as que o brasileiro consome de verdade, pensando em nível nacional. Existem marcas regionais que fazem sucesso somente naquela região específica, como a Polar no Sul.

A crise está brava para todos e até quem adora aquela cerveja artesanal, quando vai comprar para um churrasco, compra umas delas. Hoje existem opções, como a Heineken ou Stella, por exemplo, que são pouco mais caras, mas ainda rivalizam em preço e por serem consideradas “melhores”, acabam conquistando sua parcela no mercado.

A Itaipava também tem sua fatia de mercado e aparece com um preço mais barato, mas também compete bem.

Finalizando

O fato é que ninguém deve olhar de cara feia para aquele amigo, ou um desconhecido qualquer que seja, que bebe Skol e está feliz com isso. No boteco nosso de cada dia a cerveja artesanal não tem vez e o gosto é dele, quem bebe é ele, o dinheiro sai do bolso dele e ninguém tem nada a ver com isso.

Consumir essas marcas acima citadas é considerado “feio” para uma galera, e isso é muito chato. Nem minha cerveja eu posso escolher em paz? Como já dizia Lulu Santos: Deixe que digam, que pensem, que falem. Deixe isso para lá, vem para cá o que tem? E cada um beba a cerveja que quiser beber, sem mimimi, por favor.

Aquele abraço!

* Adoro cervejas artesanais, mas bebo todas as cervejas disponíveis. Não sou de chegar numa festa e reclamar da cerveja que está sendo servida, nem de fazer cara feia para quem está feliz com cervejas que levam milho na receita. E muitas vezes compro a marca mais barata do mercado.